A internacional portuguesa Tatiana Pinto também projetou o segundo duelo com as norte-americanas
A Seleção Nacional Feminina A prepara-se para o segundo jogo frente aos Estados Unidos, agendado para este domingo, às 16h00 locais [20h00 em Lisboa], no Estádio Pratt &Whitney, no Connecticut. Depois de uma vitória histórica que marcou a equipa lusa (1-2), Francisco Neto antevê grandes dificuldades frente às campeãs olímpicas e admitiu alterações no onze titular.
“Acredito que as norte-americanas se vão apresentar mais como na segunda parte do primeiro jogo, com uma pressão alta e depois um bloco intermédio. Vão procurar ser mais agressivas no duelo e estar mais próximas de nós. Cabe-nos perceber se seremos capazes de explorar os espaços que isso vai abrir — é esse o desafio, é o jogo de xadrez que torna o futebol tão interessante", revelou o Selecionador Nacional.
Questionado sobre a estratégia de preparação para este segundo embate, Francisco Neto referiu que foi condicionada pelo calendário apertado: “Tentámos ter o máximo de jogadoras disponíveis e prontas. Trabalhámos muito com imagem e vídeo, pouco treino, mas sabíamos que seria assim.”
O Técnico Nacional deixou ainda antever algumas alterações na gestão do grupo: “Devemos ter mudanças nos timings das substituições. No primeiro jogo entraram mais tarde, mas agora poderão surgir mais cedo. O foco é recuperar e ter o máximo de jogadoras disponíveis. Quem entrar, tem de acrescentar; quem não entrar, deve transmitir uma boa energia às colegas.”
Tatiana Pinto, que envergou a braçadeira de capitã na vitória frente às norte-americanas, também partilhou sensações e expectativas para o segundo desafio nos Estados Unidos. A jogadora não escondeu a emoção na hora de recordar o triunfo sobre as norte-americanas.
“Foi um jogo importante a vários níveis. Aquilo que mais me deixou feliz e orgulhosa foi a nossa exibição e a nossa constância durante os 90 minutos”, referiu a internacional portuguesa, sublinhando as dificuldades enfrentadas na preparação: “Tivemos condições difíceis, viajámos apenas no dia anterior ao jogo, não é o ideal, mas mostrámos capacidade e união. Para nós, a vitória no primeiro jogo é um resultado histórico.”
A jogadora destacou também o impacto das mais jovens no grupo: “As mais novas estão a integrar-se super bem. A nossa equipa ajuda muito nesse processo, elas vêm com muita energia e vontade. É ótimo ver essa ambição e essa luta pelos seus lugares.”
Ainda sobre o segundo duelo com as norte-americanas, deixou palavras de cautela mas também de confiança: “Acredito que vai ser um jogo muito difícil. Os Estados Unidos estão com o orgulho ferido e vão querer vencer em casa, diante dos seus adeptos. Vão entrar com tudo, mas nós não vamos permitir que nos imponham o jogo delas.”
Treino no palco do jogo
As comandadas de Francisco Neto realizaram, este sábado, o treino oficial no Estádio Pratt & Whitney, em East Hartford, Connecticut, o palco do segundo confronto diante dos Estados Unidos, marcado para este domingo às 16h00 locais (20h00 em Lisboa).
A sessão de trabalho, iniciada por volta das 11h00 da manhã (hora local), só não contou com a participação de Fátima Pinto, dada como inapta pela Direção de Saúde e Performance da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O treino serviu para ultimar detalhes táticos e físicos.
Momento especial com adeptos portugueses
No final, a Seleção Nacional protagonizou um momento especial de proximidade com a comunidade portuguesa residente nos Estados Unidos. À saída do relvado, duas dezenas de emigrantes portugueses, empunhando bandeiras e vestindo as cores nacionais, receberam as jogadoras com entusiasmo e palavras de incentivo.
A equipa correspondeu com gestos carinhosos, distribuindo autógrafos, tirando fotografias e partilhando sorrisos com os fãs, que aproveitaram a oportunidade para expressar o seu orgulho. Este encontro reforçou o vínculo entre a seleção e a diáspora lusa, num ambiente marcado pela emoção e o sentimento de pertença.
