Seleção A

Roberto Martínez Montoliu nasceu em Balaguer (na Catalunha, Espanha) a 13 de julho de 1973.
Foi jogador de futebol, mas em fevereiro de 2007 acumulou as funções de treinador ao serviço do Swansea, iniciando aí um novo trajeto profissional que o lançou para o caminho do sucesso no comando do Wigan, Everton e seleção da Bélgica. Chega agora à Seleção Nacional portuguesa.

Como selecionador da Bélgica, cargo que assumiu em agosto de 2016, alcançou a melhor classificação de sempre num Campeonato do Mundo ao terminar em 3º lugar em 2018 na Rússia, sendo, aliás, a equipa mais goleadora do torneio.
A Bélgica, durante o seu mandato, foi a seleção n.º 1 do ranking FIFA entre 25 de outubro de 2018 e 10 de fevereiro de 2022. Martínez foi o treinador com mais jogos e mais vitórias no comando dos Diabos Vermelhos.

Com o desempenho no Mundial de 2018, Roberto Martínez assumiu ainda o cargo de Diretor Nacional da Federação belga, convencendo ainda o organismo a avançar para a construção de uma cidade desportiva em Tubize que é hoje a ‘nova casa’ da seleção.
A Bélgica tornou-se uma das seleções mais temidas da Europa, assumindo uma vocação ofensiva que ultrapassou os números alcançados por um histórico nome do futebol do país, Guy Thys. Mas é a filosofia de jogo do holandês Johan Cruyff que lhe tem sido associada em muitos momentos do seu trajeto como treinador. O facto de ser catalão não será indiferente ao fascínio que o Barcelona de Cruyff lhes inspirou.
Apesar de eliminado na fase de grupos do recente Mundial do Catar, Martínez é dos treinadores com melhor aproveitamento nas fases finais da prova: 73,3% que correspondem a 7 vitórias, 1 empate e 2 derrotas em 10 jogos disputados. Martínez assumiu o cargo de selecionador da Bélgica depois de se notabilizar no Everton, clube a que chegou em junho de 2013, e ao qual devolveu a participação na Liga Europa na época seguinte, alcançando a melhor pontuação de todos os tempos do clube (72 pontos), liderando a equipa às meias-finais da Taça de Inglaterra e da Taça da Liga na temporada 2015-16. Durante a passagem pelos “toffees”, Martínez demonstrou uma firme aposta na contratação de jovens jogadores, num grupo liderado por Romelu Lukaku e John Stones, que passou de lateral em defesa-central.
Foi, porém, um ano antes no Wigan que viveu a sua maior glória no futebol inglês ao conquistar a Taça de Inglaterra frente ao Manchester City. A jornada memorável de Wembley fechou um ciclo de quatro anos no Wigan e na Premier League.

Como jogador, Martínez fez a formação nos escalões jovens do CF Balaguer de onde saiu para a Real Zaragoza, estreando-se na 1.ª liga espanhola em 1993.
No verão de 1995 partiu para Inglaterra e ingressou no Wigan Athletic, então a militar no terceiro escalão. Tornou-se um dos jogadores mais emblemáticos do emblema da região de Manchester. Em 2001 representou o Motherwell, da Escócia, regressando ao futebol inglês no ano seguinte para jogar no Walsall.
O destino seguinte foi o Swansea, em janeiro de 2003, sendo capitão da equipa e onde, após uma passagem pelo Chester, em 2007 iniciou a carreira de treinador que o viria a distinguir no panorama do futebol internacional. Aos 33 anos, perdeu aí a aposta que tinha feito com o pai, um antigo jogador: foi ele a acabar mais cedo a carreira de jogador.
Na primeira época completa ao serviço do clube galês, Roberto Martínez sagrou-se campeão da League One e foi eleito melhor treinador de 2007/08.

Jesús Seba Hernandez nasceu em Saragoça (Espanha) a 11 de abril de 1974.

Foi um dos primeiros futebolistas espanhóis a atuar em Inglaterra, precisamente com Roberto Martínez e Isidro Diaz. Antes, apenas três outros jogadores tinham pisado campos britânicos: Emilio Aldecoa e os irmãos Gallego, José e Antonio, todos eles refugiados nos anos das grandes guerras mundiais.

Seba – assim ficou conhecido no mundo da bola - depois de ter começado no Club Deportivo Oliver e no Miralbueno, chegou ao Saragoça ainda juvenil, em 1991. Estreou-se pela primeira equipa aragonesa com apenas 18 anos em San Sebastian diante da Real Sociedad em jogo da Liga espanhola, a 25 outubro de 1992. Por esses anos foi internacional sub-21 pela Espanha.

Em 1994/95 foi cedido ao Villarreal e, na época seguinte, iniciou a sua aventura em Inglaterra, assinando pelo Wigan Athletic FC. Aí reencontrou Roberto Martínez e Isidro Diaz numa altura em que era raro um jogador espanhol atuar no estrangeiro e sobretudo e Inglaterra. Os “três amigos” fizeram furor no Wigan.

Após o regresso por uma temporada ao Saragoça, Seba transferiu-se para o futebol português. Aqui representou o GD Chaves (1998/1999) e o CF Os Belenenses (1999/2002) para depois voltar a Espanha (Orihuela, Palência e Andorra de Aragão) antes de terminar a carreira de futebolista em 2010 onde praticamente começou, o CD Oliver.

Seba passou a acompanhar Roberto Martínez nos projetos que o atual selecionador nacional abraçou como treinador. Trabalhou no Wigan, Everton e seleção da Bélgica, estando agora ao serviço de Portugal como analista e scout da equipa de Martínez.

Ricardo Carvalho nasceu a 18 de maio de 1978 em Amarante, no Porto (Portugal).

Iniciou a sua formação no clube da terra, o Amarante FC, mas foi quando ingressou nas camadas jovens do FC Porto em 1996 que começou a dar nas vistas.

Entre 1997 e 2001, passou algumas temporadas emprestado ao Leça, Vitória FC e ao Alverca, mas foi sob o comando de José Mourinho que a sua carreira disparou, e foi por muitos considerado um dos melhores defesas-centrais do mundo.

Sob a orientação do “Special One” conquistou o seu primeiro campeonato português e uma Taça UEFA, na temporada 2002/03. A boa forma e relevância no conjunto azul e branco valeu-lhe a primeira convocatória para a Seleção Nacional, em 2003. Na temporada seguinte, conquistou a Liga dos Campeões, na qual também foi eleito o melhor defesa, além de se sagrar de novo campeão nacional.

No verão de 2004, acompanhou José Mourinho e rumou a Inglaterra, para o Chelsea, tendo vencido três campeonatos ingleses. A 10 de agosto de 2010, após seis anos no clube inglês, transferiu-se para os espanhóis do Real Madrid. Seguiu-se o Mónaco, até terminar a carreira no Shangai SIPG, em 2018.

Vestiu por 89 ocasiões a camisola da equipa das quinas, tendo conquistado o título de campeão europeu em 2016. Foi condecorado pelo Presidente da República como Comendador da Ordem do Mérito.

Em 2019, inicia uma nova etapa na sua vida, como treinador-adjunto do Olympique Marseille, que eram orientados à época pelo português André Villas-Boas. Ricardo Carvalho saiu do clube francês em 2021.

Foi escolhido por Roberto Martínez para integrar a sua equipa como treinador-adjunto.

Richard William Evans nasceu a 12 abril de 1968, em Ebbw Vale, no País de Gales.

Antigo profissional de futebol, é filho do internacional galês Brian Evans, figura de relevo durante uma década no Swansea City.

Richard começou no Cardiff City tendo posteriormente representado o Exeter City e Bristol Rovers, entre outros clubes como o Weymouth e Newport Country, antes de terminar a carreira no Yeovil Town.

Terminada a carreira em 1995, Richard Evans licenciou-se em ciências do desporto na Universidade de Loghborough e mais tarde tirou licenciatura em fisioterapia pela Universidade de Brunel.

Em 1999 assume o cargo de diretor do departamento de fisioterapia do Swansea City, onde se manteve durante uma década, assumindo a responsabilidade da área de ciências do desporto no Wigan (entre 2009 e 2013), até ser escolhido para liderar o departamento de performance do Everton.

Em 2016 juntou-se a Roberto Martínez na Seleção da Bélgica e desde o início de 2023 que se encontra ao serviço da Seleção Nacional.

Austin MacPhee é um treinador escocês especialista no trabalho dos lances de bola parada.

Integra desde março de 2025 a Equipa Técnica da Seleção Nacional, mantendo as suas funções no Aston Villa, clube da Premier League inglesa, onde se encontra desde 2011.

O treinador, nascido a 11 de outubro de 1979 em Kirkcaldy (Escócia), fez carreira nos clubes escoceses St. Mirren e Heart of Midlothian e Midtjylland, da Dinamarca.

O know how de MacPhee nos lances de bola parada, levou-o a ser convidado para integrar também equipas técnicas de seleções de vários países como o México (durante o Mundial 2014), Irlanda do Norte (até 2021) e Escócia (de onde saiu em setembro 2024).

Ricardo Pereira nasceu no Montijo, em 11 de fevereiro de 1976, e foi no clube da sua cidade que começou a jogar. Primeiro como avançado, depois como guarda-redes. Aos 18 anos estreou-se pelos seniores do GD Montijo, então na II Divisão B, sendo transferido em 1995 para o Boavista.

Sagrou-se campeão nacional no clube axadrezado ao mesmo tempo que chegava à Seleção Nacional, estreando-se em junho de 2001 num jogo com a Rep. Irlanda. Permaneceu no Bessa até 2003, trocando então as panteras pelos leões. Esteve no Sporting até 2007, altura em que emigrou para representar o Bétis e, mais tarde, o Leicester. Em 2011 voltou para representar por uma época o Vitória FC, terminando a carreira no SC Olhanense em 2014.

Na equipa das quinas, assumiu a titularidade sucedendo a Vítor Baía e ficou mundialmente famoso com os penáltis defendidos (e um marcado) contra a Inglaterra no Euro’2004 e no Mundial’2006.

Em 2021, Ricardo Pereira passou a integrar as equipas técnicas das seleções de formação da FPF como treinador de guarda-redes e, em março de 2023, foi escolhido para incluir o staff de Roberto Martínez na Seleção A.

Iñaki Bergara Iribar nasceu a 26 de janeiro de 1962 em Ondarroa (no País Basco, em Espanha).

Foi guarda-redes como sugere o apelido Iribar (nome do mítico ‘portero’ do Athletic Bilbao e da seleção de Espanha nos anos 60 e 70), começando a carreira no clube da terra, o Aurrerá Ondarroa. Aos 20 anos, já estava no Athletic Bilbao, seguindo em 83/84 para o Alavés. Três épocas volvidas, foi para o Murcia jogar na 1.ª Liga espanhola, chegando em 89/90 à Real Sociedade. Na época 1991/1992 passou a representar o Logroñes onde se manteve até pendurar as luvas em 1995.

Depois de terminada a carreira futebolística, Iñaki Bergara Iribar começou a preparar os guarda-redes do Club Deportivo Basconia passando depois para a cantera do Athletic Bilbao até chegar à equipa principal clube basco de San Mamés com José Luis Mendilibar e Javier Clemente.

Em 2007, partiu para a aventura fora de Espanha quando recebeu um convite do Swansea. Aí encontrou Roberto Martínez e desde então tem trabalhado com o atual Selecionador Nacional. Primeiro no clube galês, depois no Wigan, Everton, Bélgica, e agora, Portugal.

Nasceu a 17 de janeiro de 1992, em Antuérpia, Bélgica, e é licenciado em Educação Física e Ciências do Desporto pela Universidade Católica de Leuven.

Em julho de 2017 exerceu as funções de vídeo analista no Oud-Heverlee Leuven (OHL), ali ficando durante um ano e dez meses. e, durante quatro anos, na Federação belga, onde trabalhou com Martínez. Na FPF passa a integrar o departamento de análise e inovação.

Desafiado em maio de 2019 a integrar os quadros da Real Federação Belga de Futebol, Stijn Campo assumiu o cargo sénior de analista de performance.

Começou em março de 2023 a trabalhar na FPF no departamento de análise e inovação.