Vitória justa com 'golo especial' do Camisola 21

Seleção A

Rúben Neves resolveu o jogo e dedicou o golo ao eterno Diogo Jota

Estava escrito nas estrelas que fosse a Camisola 21 a guiar Portugal para uma vitória que nos deixa ainda mais perto do Mundial 2026. Rúben Neves assinou o golo que derrubou o muro irlandês, já em tempo de compensação mas muito a tempo de selar o terceiro triunfo em três jornadas, deixando a Seleção Nacional a um passo de garantir a qualificação.

No Estádio José Alvalade, em Lisboa, já depois de Cristiano Ronaldo ter falhado uma grande penalidade e quando o nulo parecia quase definido, Rúben Neves, que herdou a camisola ‘21’ de Diogo Jota, falecido em julho, marcou de cabeça, aos 90+1 minutos, aproveitando um centro de Francisco Trincão.

Depois de triunfos na Arménia (5-0) e na Hungria (3-2), Portugal volta a vencer no Grupo F, somando agora nove pontos na liderança, e pode mesmo festejar o apuramento já na terça-feira, caso vença a Hungria, também em Alvalade, e a Arménia não consiga triunfar na Irlanda.

O golo de Rúben Neves, num dos poucos erros defensivos do adversário, acabou por disfarçar uma exibição pouco inspirada da equipa de Roberto Martínez, que apanhou pela frente uma ultra defensiva Irlanda, que se fechou sempre com os 11 jogadores à volta da sua grande área e que só fez um remate em toda a partida.

Antes do golo de Neves, que foi titular no lugar do lesionado João Neves, assim como Diogo Dalot com João Cancelo, igualmente com problemas físicos, o antídoto para quebrar a ‘muralha’ irlandesa parecia ter sido encontrado aos 75 minutos, mas Cristiano Ronaldo falhou uma grande penalidade, adiando novo recorde, desta vez de melhor marcador de sempre das fases de qualificação para campeonatos do mundo.

O golo da vitória portuguesa sobre a Irlanda só aconteceu nos descontos, tal como já tinha acontecido em 2021, no Algarve, no apuramento para o Mundial2022, na altura com Cristiano Ronaldo a 'bisar' na vitória por 2-1.

Acabou por ser uma primeira parte algo ‘preguiçosa’ por parte da equipa das ‘quinas’, que realmente teve muito controlo de bola, também consentido pela própria Irlanda, que se apresentou com um bloco defensivo bem organizado.

Foram valendo as arrancadas de Nuno Mendes pela esquerda e Pedro Neto pela direita, as duas unidades mais ativas do lado luso, mas sem grandes efeitos, embora aos 17 minutos Portugal tenha desperdiçado grande oportunidade para marcar.

Cristiano Ronaldo, com um remate à entrada da área, acertou na barra e Bernardo Silva, com a baliza deserta, acabou por atirar ao lado. O jogador Manchester City, que é esquerdino, apanhou a bola com o pé direito, mas isso não justifica o falhanço incrível que protagonizou em Alvalade.

No regresso dos balneários, Renato Veiga apareceu no lugar de Gonçalo Inácio, que terá saído por motivos físicos, e foi a única alteração de Roberto Martínez, quando se esperava que talvez o treinador espanhol lançasse alguém para ‘abanar’ a partida.

Já depois de Ronaldo ter ficado novamente perto de marcar e Rúben Neves e Vitinha terem obrigado Kelleher as boas defesas, o selecionador nacional mudou três de uma vez só, tirando Dalot, Vitinha e Pedro Neto (com surpresa) e lançou Nelson Semedo, Rafael Leão e Francisco Trincão.

As alterações pouco ou nada trouxeram de novo à equipa das ‘quinas, mas uma alegada mão de uma jogador irlandês na grande área abriu oportunidade para a vantagem lusa, que acabou desperdiçada por Cristiano Ronaldo.

O capitão de Portugal atirou para o meio da baliza e Kelleher, já caído, conseguiu ainda impedir o golo com o pé esquerdo.

Tardiamente, só aos 86 minutos, Martínez optou por lançar mais uma avançado na partida, com Gonçalo Ramos a render Bruno Fernandes, pouco antes do momento decisivo de Rúben Neves.

Trincão centrou da esquerda e Neves, vindo de trás, apareceu complemente solto na área e finalmente marcou para Portugal.

Até final, com a Irlanda já toda desorganizada à procura de chegar ao empate, Rafael Leão ficou perto do segundo golo, mas atirou ao lado após um rápido ataque.

* com LUSA

Confira aqui todas as incidências da vitória de Portugal sobre a Irlanda.


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