Selecionador Nacional e internacionais portuguesas destacaram alma da Equipa das Quinas
Após o empate a uma bola diante da Itália, o Selecionador Nacional Francisco Neto e as internacionais portuguesas Diana Gomes, Joana Marchão, Kika Nazareth e Patrícia Morais destacaram a postura competitiva da Equipa das Quinas.
Francisco Neto, Selecionador Nacional, em discurso direto:
”Sim, estou muito orgulhoso, independentemente do resultado, daquilo que as jogadoras fizeram. Voltámos a ser Portugal, a mostrar o que queremos, ganhar bolas e pressionar alto, criar oportunidades, sofrer quando tínhamos de sofrer com uma mentalidade incrível. Sofrer um golo, depois dos últimos resultados, mas ter a mentalidade do querer, do acreditar. Isto é só para quem tem vontade e crença. Os portugueses também nos apoiaram. Foi um jogo à Diogo Jota, sempre a acreditar. Esta exibição é para ele e para a família.”
”Sabemos onde as jogadoras se sentem muito confortáveis e estrategicamente era importante. Acreditamos muito que não é só por aí, mas é também é. Temos trabalhado há oito anos e nas dúvidas e instabilidade que tínhamos voltámos às raízes. Felizmente acertámos na decisão, estas jogadoras querem muito e a haver um vencedor só podia ser Portugal.”
”O jogo estava partido. A Telma dá muita coisa na área, mas retira muito no processo defensivo. Tem de crescer e sabe. Mas é importante e dá o que outras não dão. Sabemos os timings e os momentos. As avançadas faziam o que queríamos, faltou um bocadinho as diagonais. Na entrada da área as avançadas estavam travadas, sem movimento. Tivemos essa dificuldade mas agora é rever o jogo e recuperar, há muita gente cansada mas muito disponível para o que vem aí. Ainda estamos vivos."
”A Joana Marchão teve uma cãibra, estava há muito sem jogar mas veio e ajudou. Fez um jogo importante, conseguimos lateralizar. A Ana Borges é uma das nossas capitãs, o segundo amarelo é injusto, o contacto é natural e ambas a disputar a bola. Vamos fazer tudo para a Ana continuar a jogar neste europeu."
"A Bélgica vai estar super descontraída. Não sei se com o mesmo onze, se vai dar oportunidade a outras... é sempre algo que não conseguimos controlar. O objetivo era depender só de nós, precisamos que a Espanha faça aquilo que achamos que vai fazer, porque quer ser primeira do grupo. Depois temos de fazer o nosso trabalho, primeiro ganhar e fazer golos.”
Diana Gomes, internacional portuguesa, em discurso direto:
"Isto é mérito de toda a equipa. Estamos vivos. Vamos para o último jogo fazer o que fizemos hoje e estamos vivos. Portugueses, acreditem em nós, porque tudo é possível."
"O jogo tem 90 minutos, mais os descontos, e temos de acreditar desde o início até ao fim. Foi isso que fizemos. Lutámos até ao fim e conseguimos fazer o golo na parte final. Demos tudo até ao final do jogo."
"Temos de entrar com este espírito contra a Bélgica e ir até à morte. Temos de ser Portugal."
Joana Marchão, internacional portuguesa, em discurso direto:
"Fizemos um belíssimo jogo contra uma equipa muito difícil. A Itália é fortíssima, hoje veio ao de cima o que é ser Portugal. Fomos muito agressivas e merecíamos mais."
"A minha saída foi por fadiga, são jogos muito intensos, vim de lesão, é normal. Senti-me muito feliz, muito confiante, não só por jogar em casa, mas por ter a minha familia na bancada, ajudou-me imenso."
"Contra a Bélgica, sabemos que vai ser um jogo igualmente difícil, vamos abordar como se fosse o último das nossas vidas. Vamos dar tudo por Portugal e tentar concretizar o nosso objetivo."
Kika Nazareth, internacional portuguesa, em discurso direto:
"Sofri muito durante estes últimos meses, não sei se sempre soube que ia conseguir estar aqui ou se ainda estou a processar esse facto. São muitas emoções, estou muito feliz por poder voltar a fazer aquilo que mais prazer me dá na vida."
“Merecíamos mais, muito mais, mas estamos vivas para o próximo jogo. Foi um jogo à Portugal. Esta equipa acredita até ao fim e estou muito contente por estar de volta neste jogo e com estas pessoas ao meu lado."
“Faltou clareza, eficácia, espontaneidade, falta sempre alguma coisa, mas estamos vivos e isso é o mais importante.”
“Se fizermos o que fizemos hoje contra a Bélgica, a história vai ser bonita.”
Patrícia Morais, internacional portuguesa, em discurso direto:
"Sabíamos que iamos ter de sofrer. A Itália é um adversário muito forte. Sabíamos que ia ser decidido nos detalhes. Entrámos nervosas, o que é normal, tendo em conta os últimos jogos. Mas fomos ganhando confiança, fomos ganhando consistência ao longo do jogo. Sofremos um golo, quando tivemos uma grande oportunidade, minutos antes. Mas fomos Portugal até ao fim. Mostrámos o quão fortes somos e a grande equipa que somos."
"Acabámos por marcar o golo depois de termos sofrido. Não é fácil termos a mentalidade para reagir. É um empate que é bom. Sabemos que temos de ganhar o próximo jogo e é isso que vamos fazer. Penso que o empate foi justo."
"As equipas grandes passam por estes momentos e é nas adversidades que se vê o caráter das equipas. Hoje, provámos que fomos Portugal, que somos uma grande equipa e vamos lutar para fazer história."
"O importante é focarmo-nos em nós. Sabemos que temos de ganhar para passar e, portanto, é esse o nosso foco. Amanhã começamos a trabalhar para a Bélgica. Sabemos que vai ser difícil. Mentalmente, vamos ter de estar preparadas, porque vai haver momentos em que vamos precisar, novamente, de ser Portugal. Vamos precisar de fazer os portugueses acreditarem e temos sentido esse apoio. Não posso deixar de agradecer o apoio de todos os portugueses."
