Triunfo sobre o GCR Nun’ Álvares, no desempate por penáltis
O SL Benfica conquistou a terceira Taça da Liga de Futsal Feminino Placard, ao vencer o GCR Nun’ Álvares, na grande final de Vila do Conde. As águias levaram a melhor, num jogo que precisou de tempo extra e penáltis para consagrar o grande vencedor desta edição: 2-2 no ‘jogo jogado’ e 2-3 no desempate por pontapés de penálti.
O Nun’ Álvares foi a primeira equipa a marcar no Pavilhão dos Desportos de Vila do Conde, com Ana Azevedo a dar vantagem à sua equipa, aos 12 minutos.
A vantagem do coletivo de Paulo Tavares durou para lá do intervalo, mas o Benfica virou o jogo no espaço de dois minutos, na primeira metade da segunda parte.
Maria Pereira (25’) e Fifó (27’) marcaram pela turma de Alexandre Pinto e colocaram as águias em vantagem, pela primeira vez nesta final.
Intenso e incerto quanto ao desfecho, o jogo caminhou para o fim carregado de emoção, sobretudo a partir do momento em que o Nun’ Álvares empatou: Cátia Morgado atirou a contar a três minutos da buzina e a discussão seguiu mesmo para tempo extra.
Ali chegadas, as duas finalistas desta quinta edição equivaleram-se e arrastaram o duelo até ao desempate por penáltis.
Antes ainda, o Benfica dispôs de duas oportunidades flagrantes: um livre de 10 metros, que Sara Ferreira atirou para defesa vistosa de Odete Rocha; e um lance individual de Janice, que saiu a centímetros do poste.
Nos penáltis, valeu Ana Catarina. A guardiã do Benfica defendeu duas tentativas e lançou o Benfica para a terceira conquista do seu historial na Taça da Liga de Futsal Feminino Placard.
PROGRAMA OFICIAL
FOTOGALERIA
Ficha de Jogo
Taça da Liga Feminina de Futsal Placard
Final
Pavilhão de Desportos de Vila do Conde
Árbitros: Rita Ferraz e Filipa Prata
Terceiro Árbitro: Cristina Vicente
Quarto Árbitro: Sandra Lopes
Cronometrista: Mariana Faria
GCR NUN'ÁLVARES 2-2 (2-3 gp) SL BENFICA
Resultado ao intervalo: 1-0
GCR NUN’ÁLVARES (cinco inicial): Odete Rocha (gr), Lídia Moreira, Balona, Pisko [cap] e Kaká.
Suplentes: Sofia Reis (gr), Eveline Caroline (gr), Ana Azevedo, Ana Pires, Cátia Morgado, Belinha, Lysa Gomes e Inês Gomes
Treinador: Paulo Tavares.
SL BENFICA (cinco inicial): Ana Catarina (gr), Inês Fernandes [cap], Maria Pereira, Fifó e Nati.
Suplentes: Alexandra Melo, (gr), Mada, Bruna Carolina, Lívia Andrade, Janice, Fifó, Sara Ferreira, Inês Matos, Maria Inês, Angélica Alves, Ana Oliveira e Raquel Santos.
Treinador: Alexandre Pinto
Golos: 1-0 por Ana Azevedo (12'); 1-1 por Maria Pereira (25'); 1-2 por Fifó (27'); 2-2 por Cátia Morgado (37').
Disciplina: cartões amarelos a Ana Azevedo (12'), Janice (15'), Ana Pires (20'), Cátia Morgado (30'), Maria Pereira (33') e Fifó (40').
Desempate por penáltis: 2-3
Nun' Álvares: Kaká (convertido), Pisko (defendido), Lysa Gomes (convertido), Lídia Moreira (defendido), Cátia Morgado (defendido).
Benfica: Janice (convertido), Inês Fernandes (convertido), Fifó (convertido) e Sara Ferreira (defendido).
MELHOR JOGADORA
Ana Azevedo (Nun' Álvares)
MELHOR GUARDA-REDES
Ana Catarina (Benfica)
MELHOR MARCADORA DA PROVA
Maria Pereira - 3 golos (Benfica)
PRÉMIO FAIR PLAY
Pisko (Nun' Álvares)
REAÇÕES DAS PROTAGONISTAS
Declarações ao Canal 11 da FPF
Ana Catarina, guarda-redes do Benfica: “Entregámos a primeira parte ao Nun’ Álvares. As melhores ocasiões de golo da primeira parte, foram todas delas. Efetivamente acabaram por fazer um golo. Na segunda parte, só nós é que quisemos jogar, só nós é que tivemos de ir atrás do resultado, é verdade… Mas acho que, da segunda parte para a frente, só nós é que quisemos jogar e tentar ganhar este jogo nos 40 minutos, evitando o prolongamento e os penáltis. O que mudou ao intervalo? Mudámos a intensidade e a velocidade com que estávamos a jogar. Mais confiança com bola, andar mais sem bola, que também é importantíssimo. Tentámos finalizar, já que, na primeira parte, só tínhamos feito um remate. Felizmente fomos felizes no final. Quero deixar uma palavra a todos os benfiquistas por terem dito ‘presente’ nesta final, neste pavilhão, a cantar por nós durante todo o jogo. Sem dúvida que também nos ajudaram nesta vitória. Segredo para defender penáltis? Treinar com aquelas que são as melhores a bater, também me ajuda bastante.”
Ana Azevedo, Nun’ Álvares: “Desilusão? Não, não! Tristeza. Não conseguimos alcançar a vitória nem levar a taça para Fafe. Desilusão, não. Estou orgulhosa da minha equipa e com o que fizemos hoje. Competimos. E quando competimos, tudo é possível. Nos penáltis, pode cair para qualquer um dos lados. É normal, faz parte… Foi um grande jogo de futsal, ambas as equipas disputaram o jogo até aos últimos segundos. Que haja mais finais como esta. Quero dedicar este prémio à minha mãe, que faz hoje anos. É a pessoa da minha vida! Amo-te muito, mãe! Parabéns!”
Paulo Tavares, Nun’ Álvares: “Fizemos uma primeira parte muito boa. Acabámos por ir para o intervalo em vantagem, mas a equipa teve receio. O que mais lhes pedi no balneário, foi para continuarmos a jogar. Mas a equipa entrou muito receosa nos primeiros minutos, da segunda parte, com medo de sofrer. Entregar muito a bola ao Benfica, acabou por permitir que dessem a volta ao resultado. Foi o que aconteceu. Trabalhamos nos penáltis, durante toda a semana, tal como o Benfica também deve ter feito. Estudámos para onde as jogadoras do Benfica costumam bater e fomos para lá. A Odete só conseguiu defender uma e a guarda-redes do Benfica defendeu duas. Nada a fazer, nada a dizer. Excelente jogo, três equipas excelentes. Um grande espectáculo para que mais gente aposte na vertente feminina do futsal.
Alexandre Pinto, treinador do Benfica: “Fizemos uma primeira parte péssima, com algum demérito nosso, mas também com muito mérito do nosso adversário. O Nun’ Álvares apareceu muito organizado, agressivo e não nos deixou construir e ter o controlo do jogo, através da posse de bola, como é nosso hábito. Mérito para o Nun’ Álvares porque tudo isto fez desta final um excelente jogo de futsal. Se na primeira parte, é verdade que estiveram sempre por cima de nós, a partir do intervalo, o jogo virou completamente. Pedi às jogadoras que construíssemos melhor. Era uma questão de posicionamento. De fazer o movimento inicial mais atrás e não entre linhas. Coisas simples para jogar com o nosso sistema de 3x1. Ficaram mais confiantes e isso fez toda a diferença. No prolongamento, ninguém arriscou muito mas ainda tivemos duas ou três oportunidades para evitar os penáltis. Verdade seja dita: temos a melhor guarda-redes do Mundo!”
