Primeiro jogo das meias-finais da Taça da Liga de Futsal Placard

O CRC Quinta dos Lombos é o primeiro finalista da 10.ª edição da Taça da Liga de Futsal Placard, na sequência da vitória alcançada perante a ADCR Caxinas Poça Barca: 3-2 para a formação de Carcavelos, com golo no penúltimo minuto. 

David Costa e Willian Carioca deram avanço ao Quinta dos Lombos, com dois golos num par de minutos.

O Caxinas abanou, demorou a recuperar e só conseguiu reagir depois do intervalo. A vencer por 2-0, a formação de Carcavelos beneficiou de uma oportunidade clara para ganhar ainda maior vantagem, mas as contas saíram-lhe furadas quando a turma da casa conseguiu marcar, mesmo jogando em inferioridade numérica.

Tudo começou quando Sévio cometeu uma falta com “força excessiva”, de acordo com a análise da equipa de arbitragem, que decidiu expulsar o jogador do Caxinas, após consultar as imagens do lance.

O Caxinas conseguiu marcar em inferioridade numérica, por Juana Pablo Cuello, num tiro certeiro e direito ao empate. Dois a dois, penáltis no horizonte... e golo da vitória no penúltimo minuto: Vitão concluiu uma jogada de belo efeito e atirou a Quinta dos Lombos para a segunda final da sua história.

Apesar da contrariedade, o Caxinas ainda teve forças para criar duas oportunidades no último minuto. Primeiro, Martín Dorda não conseguiu encostar para dentro, praticamente em cima da linha de golo; depois, foi Bruno Filipe, guardião contrário, a segurar a vitória com uma intervenção de alto nível.

O CRC Quinta dos Lombos segue para a grande final da Taça da Liga de Futsal Placard, onde vai bater-se com o vencedor do duelo entre SL Benfica e Sporting CP, com início marcado para as 18 horas e transmissão em direto no Canal 11 da FPF.

PROGRAMA OFICIAL
FOTOGALERIA

Ficha de Jogo

Taça da Liga de Futsal Placard
Meia-final
Pavilhão de Desportos de Vila do Conde

Árbitros: João Sinval e Dany Garcez
Terceiro Árbitro: Eduardo Coelho
Quarto Árbitro: Bruno Araújo
Cronometrista: João Granja

CRC QUINTA DOS LOMBOS - ADCR CAXINAS
Resultado ao intervalo: 2-0

CRC QUINTA DOS LOMBOS (cinco iniciais): Bruno Felipe (gr), Fábio Lima, Costelinha, Gonçalo Sobral [cap] e Vitão. 
Suplentes: Guilherme Cintra (gr), Ricardo Nascimento, Willian Carioca, David Fontoura, João Brum, David Costa, Gonçalo Paixão e Tomás Silva.
Treinador: Jorge Monteiro

ADCR CAXINAS (cinco iniciais): Rui Cardoso (gr), Sévio Marcelo, Juan Pablo Cuello, Ricardo Marques e Martín Dorda. 
Suplentes: Tiago Sacramento (gr) [cap], Edson Moreira, Rodrigo Simão, Thales Alves, Tomás Colaço, Miguel Ramos, Manuel Campos, Vítor Hugo e Adaílton Souza.
Treinador: Nuno Silva

Golos: 1-0 por David Costa (8'); 2-0 por Willian Carioca (10'); 1-2 por Rodrigo Simão (26'); 2-2 por Juan Pablo Cuello (31'); 3-2 por Vitão (39').
Disciplina: cartões amarelos a Costelinha (5'), Gonçalo Paixão (16') e Guilherme Cintra (16'); cartão vermelho direto a Sévio Marcelo (29').

REAÇÃO DOS PROTAGONISTAS
Declarações ao Canal 11 

Vitão: “Sabíamos das dificuldades que o Caxinas nos poderia apresentar. É uma equipa compacta, um jogo difícil. Ao intervalo, falámos no balneário e assumimos que não podíamos vacilar. Mas vacilámos e sofremos dois golos. Graças a Deus, fui feliz: consegui marcar o terceiro golo e ajudar a minha a marcar e a passar à final. Agora, é aproveitar para descansar porque vamos enfrentar outra boa equipa na final. Cometemos erros que não se devem cometer numa meia-final, mas felizmente conseguimos vencer. É sempre bom competir, mais ainda quando se trata de uma final. Temos de ir com tudo, força máxima, independentemente do adversário.”

Martín Dorda: “Acho que foi do cansaço… Foram dois jogos muito intensos, a jogar com apenas sete jogadores de campo. A reta final foi intensa. Estar a perder por 2-0 foi duro, mas conseguimos empatar quando até estávamos em inferioridade numérica. É difícil fazer uma análise agora… É importante esfriar a cabeça e perceber o que se passou. Mas também é importante termos orgulho no que fizemos. Acredito que deixámos uma boa impressão nos nossos adeptos e em todos os espectadores. Vamos descansar, virar a página e olhar em frente."

Jorge Monteiro, treinador do Quinta dos Lombos: “Quero dedicar esta passagem à minha família e à família dos meus jogadores. Isto ocupa-nos muito tempo, é muita entrega. Estou a chorar de alegria, não é de tristeza. Dou os parabéns ao Caxinas, porque se calhar também merecia estar na final. O Caxinas vendeu cara a derrota. Passámos dificuldades. Quando não temos o Willian em campo, passamos dificuldades. Soubemos sofrer. O primeiro golo que sofremos mexeu muito com a equipa. A situação da expulsão do Sévio acaba por nos transmitir uma sensação de conforto, que não existe, se não marcarmos ou se não soubermos gerir o processo. Eu, numa situação de estratégia, ao trocar um atleta, deu num erro que resultou no golo do Caxinas. Eles entraram ali no jogo, com possibilidade de o ganhar. Ainda assim, o Bruno [Filipe] não teve grande trabalho, apesar de o Caxinas poder ter igualado a partida, no final, já depois do 3-2. Acaba por ser uma meia-final equilibrada, nem sempre bem jogada. Foi um bom espectáculo. Parabéns aos meus jogadores pela entrega, pelo esforço e pelo compromisso que têm. Se não fosse tudo isso, não estaríamos na final. Das equipas que foram à final da Taça da Liga, além de Sporting e Benfica, só foram Fundão, duas vezes, e esta equipa da Quinta dos Lombos, que também é a segunda vez que vai. Vamos recuperar estes meus homens, que devem estar esgotadíssimos. Vamos desfrutar."

Nuno Silva, treinador do Caxinas: “Parabéns à equipa da Quinta dos Lombos. Perdemos o jogo da maneira mais dura possível. Não entrámos bem, não fizemos uma 1.ª parte como queríamos e nunca conseguimos estar confortáveis no jogo. Daí que aquele 2-0 para eles, ao intervalo, fosse inteiramente justo. Na 2.ª parte, já conseguimos dar uma resposta diferente. Até ao 2-1 já estávamos melhor; fizemos esse golo justamente. Depois veio o 2-2. Aquilo que aconteceu, conseguirmos fazer aquele golo quando estávamos em inferioridade, revela muito daquilo que os meus jogadores conseguem fazer. Têm uma alma imensa. A partir daí tivemos duas ou três situações boas para passar para a frente, mas nunca conseguimos. Na parte final, cometemos um erro que deu finalização e golo. Depois, no cinco para quatro, ainda tivemos duas oportunidades para finalizar, mas não conseguimos meter a bola dentro da baliza. Não tenho palavras para descrever o trabalho dos meus jogadores. Sinto um orgulho tremendo neles. O público empurrou-nos para cima deles. É duro. Queríamos oferecer a final a esta gente toda que nos empurrou ao longo do jogo. Dói muito. Dói hoje, vai doer amanhã, mas segunda-feira já temos outro jogo para preparar. Vamos ter de crescer com tudo isto."