Presidente da Associação Nacional de Enfermeiros e Massagistas de Futebol defende a formação de um Departamento de Saúde com vários profissionais

Carlos Alberto Borges, Presidente da Associação Nacional de Enfermeiros e Massagistas de Futebol, foi o moderador do painel dedicado à temática dos desafios, competências e sinergias que devem existir na classe, começando por registar que “o caminho do futuro é todos os clubes terem equipas multidisciplinares” com vários profissionais do setor da Saúde.

“Há um aumento exponencial de clubes e escalões e nós enquanto organização estamos muito preocupados com a forma como vamos conseguir mitigar a falta de recursos humanos para um desporto mais seguro e saudável”, começou por destacar o presidente da ANEDAF, assumindo como “fundamental que a ética e deontologia profissional estejam acima de tudo para que não existam quebras de identidade”.

A formação de um Departamento de Saúde multidisciplinar foi o tema principal da conversa, sendo que o enfermeiro Hugo Minhoto Moura colocou o foco “na urgência de dar suporte aos atletas, ao clube e a toda a formação”. “Da nossa parte, é esse o caminho que queremos seguir, fazendo parte de um departamento de saúde que tem obviamente outras valências e outras pessoas. O mais difícil é a comunicação e conseguir que as pessoas tenham vontade de aprender e juntar mais informação ao que já sabem, mas é decisivo haver esta sinergia entre todos, sabendo reconhecer que cada um tem o seu grau de competências”. “Devemos saber fazer parte da solução e nunca ser um problema”, sintetizou Hugo Minhoto Moura.

Rui Lázaro, fisioterapeuta da AF Porto, assumiu a principal qualidade que leva ao sucesso de um Departamento de Saúde. “Temos de deixar um pouco os nossos egos de lado e sabermos o quanto importante é termos uma equipa multidisciplinar e aprendermos todos uns com os outros. É importante haver muita partilha e só assim podemos continuar a evoluir, não só no desporto como na própria sociedade”, vincou Rui Lázaro, ele que tem “o sonho que um dia possa ser efetivamente possível ter estas equipas multidisciplinares mesmo ao nível distrital”.