Presidente do Famalicão defendeu a entrada de investidores nos clubes e falou sobre o sucesso do clube que lidera

Miguel Ribeiro, presidente do Famalicão, esteve no Palco Puma para falar no sucesso do clube minhoto, assumindo que o investimento da Quantum Pacific foi fundamental no mesmo.

“O Famalicão é um bom exemplo de ter investimento. Sem ele não estávamos onde estamos”, disse. “Não vamos tratar o futebol como ilha. O futebol, tal como todas as atividades, permite este investimento”, acrescentou.

No Famalicão, revelou, “a chave foi encontrar o nosso caminho, definir uma visão e filosofia, assente no jogo e no jogador. O jogo alicerçado nos treinadores e no jogador. O edifício mais forte do Famalicão é o jogador e tudo o que envolve, desde a política de scouting até deixar de ser nosso jogador.”

Em matéria de investimento, o dirigente falou ainda no exemplo de Ugarte. “O futebol português tem de entender que equilíbrio pela centralização tornará todos mais fortes. O Ugarte custou 2,5 milhões ao Famalicão, que vendeu ao Sporting 3 vezes mais caro. E o Sporting vendeu 10 vezes mais caro”, lembrou, acrescentando: “Ou seja, a nossa capacidade de recrutar permitiu depois ao Sporting recrutar dentro do país e vender. Se o futebol português subir a qualidade, isso vai permitir aos grandes comprar no mercado interno, reduzindo até o risco. Se a I Liga tiver essa capacidade, os três grandes serão beneficiados. Com mercado interno a funcionar, todos vão ser beneficiados. O FC Porto ganhou a Champions a recrutar em casa...”.

Miguel Ribeiro reconheceu que a conquista de um lugar nas provas europeias “é um objetivo, não uma frustração”. “Frustração seria interromper esta linha de crescimento”, realçou.