Declarações após a vitória diante do Japão nos "quartos"
A Seleção Nacional de Futebol de Praia venceu, esta quinta-feira, a congénere do Japão, por 7-6, em encontro relativo aos quartos-de-final do Campeonato do Mundo FIFA 2025.
Nas Ilhas Seicheles, a Equipa das Quinas enfrenta, este sábado, nas meias-finais da prova, às 16h30 portuguesas, a equipa do Brasil.
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No final da partida, em declarações ao Canal 11, o selecionador Mário Narciso, Jordan Santos e Rúben Brilhante foram os porta-vozes da satisfação lusitana, após o apuramento para o duelo de acesso à final de domingo.

Mário Narciso, Selecionador Nacional, em discurso direto:
Análise: "Não queríamos sofrer, mas no final fomos bafejamos pela sorte e tivemos Portugal como vencedor. Foram duas equipas dignas uma da outra, que jogaram para a frente e foi no fundo uma excelente propaganda para o futebol de praia. No terceiro período foi quando sofremos mais golos em qualquer um dos jogos. Os jogadores estavam avisados para isso e hoje se não estivéssemos avisados, poderíamos ter perdido o encontro."
Fragilidades e questão psicológica: "Eu acho que não é uma questão psicológica, mas uma questão da qualidade do adversário. Neste jogo podíamos evitar um ou outro golo, mas a verdade é que o Japão esteve espetacular a entrar pelo meio e a dar bicicletas, que é uma ação muito difícil de defender. Ainda defendemos muitas ocasiões de pontapé de bicicleta que é um lance muito perigoso que não pode ser defendido. Quando a bola é levantada para a bicicleta ou levamos uma bolada ou deixamos a bola passar. Nesse aspeto o Japão esteve muito bem, mas os nossos jogadores também estiveram muito bem."
Ritmo de jogo: «Eu acho que quem fez o jogo mais lento foi o Japão. A bola entrava no guarda redes, e se não tivessem hipóteses de jogar para a frente com 90 por cento de possibilidades de êxito voltavam a jogar no guarda redes. E nós não podíamos, nesse caso, acelerar o jogo. Tinhamos uma estratégia de só sair numa determinada altura.»

Jordan Santos, autor de um hat-trick, em discurso direto:
“Não acho que seja fragilidade, mas sim uma coincidência, sofremos grandes golos, mas como lutamos contra isso? Fazendo mais golos, não dando tantas chances para eles e é evitar isso. Agora é preparar o próximo adversário, esperar o próximo adversário, ver o que correu menos bem, corrigir para sermos mais perfeitos.”
“Um pouco das duas coisas, um pouco da qualidade do adversário e desconcentração e se nestes jogos erras um pouco sujeitaste a sofrer golos.”
“Muitas vezes erramos, mas não dá golo, por isso não se fala. Mas ultimamente tem acontecido que ao mínimo erro temos sofrido golo, por isso é o que eu digo, é o futebol e temos de estar mais concentrados para isso não acontecer.”
“É sempre bom ganhar e fazer golos, acaba por saber melhor. Mas é como eu digo, se pudesse ser por 1-0 e o meu colega a marcar e a equipa a ganhar isso não faz diferença, o que me move aqui são os títulos, não os prémios individuais.”

Rúben Brilhante, internacional luso, em discurso direto:
“Houve situações onde podíamos ter controlado melhor o jogo, o Japão é uma equipa que trabalha bem o 2x2, uma equipa muito dinâmica e devíamos ter tido mais bola, fazê-los correr mais, cansá-los mais e para termos mais tranquilidade com a bola. Acho que nos faltou isso e no terceiro período temos de concentrar-nos mais pois estamos a sofrer muitos golos nesse tempo.”
“A nossa equipa é demasiado boa para estar a sofrer tantos golos no terceiro período. Temos de corrigir isso porque a nossa equipa está a jogar muito bem e essa parte defensiva, principalmente no terceiro período, tem de ser corrigida.”
“Faltou-nos ter mais bola, termos mais tranquilidade com a bola, rodar mais a bola para eles se cansarem e para não terem tanto discernimento no ataque e é algo a corrigir.”